Dois golfistas amadores do Brasil participaram pela primeira de um campeonato mundial de golfe para portadores de deficiências.
O gaúcho Evandro Schultz, do Belém Novo, em Porto Alegre, e o alemão Dieter Rudloff, do Campinas Golf Club (SP), disputaram o World Disabled Championship, que aconteceu no Japão, no One Way Golf Club, de 28 de setembro a 3 de outubro.
Como o torneio não faz parte do cronograma da Confederação Brasileira de Golfe nenhuma verba oficial eles conseguiram obter para o torneio. Somente com apoio dos clubes e amigos, os dois partiram para a dura tarefa de conseguir verbas para a viagem.
Evandro explica que resolveram ir e conta abaixo como tudo se tornou realidade:
Sem poder gastar. Com esposa, Jaline, grávida, e a chegada da Heleninha prevista para final de agosto e o Mundial final de Setembro…. dois sonhos, mas Heleninha no Brasil e Mundial no Japão. Fomos a luta.
Em Porto Alegre, no Belém Novo Golf Club, apresentei o Projeto do Japão aos Amigos Golfistas esclarecendo que somente poderia viajar com apoio de patrocinadores. Na hora Jorge Ongarato da Empresa JLO disse: eu patrocino a passagem. De imediato o Diretor de Golfe do clube, Luiz Baumgarten encabeçou a lista Padrinhos do BNGC e com apoio financeiro de alguns sócios levantamos as despesas do hotel e alimentação. Aldo Carboni patrocinou as Refeições até a viagem…
Apoio também da Associação Brasileira de Golfe Sênior (ABGS) e aulas com o profissional Wagner Vieira .
Voamos ao Japão e depois de mais de 30 horas chegamos. Em Tóquio contamos com ajuda do Gustavo Baumgarten, estudante de Tecnologia Informática em Tóquio, que foi nossa base sólida (na língua japonesa e guia).
De imediato fomos a Tsuchiura-shi Ibaraki-ken Japan, localizada a 100 km de Tóquio. Fomos os primeiros a chegar, depois os alemães e com o Dieter falando alemão já éramos uma família.
Grandes amizades surgiram durante o Campeonato com jogadores de diversos países, como Alemanha, Japão, USA, Canada, Bélgica, Republica Dominicana, Espanha, Suíça, Coreia, Finlândia, Dinamarca, Suécia e Austrália. Vejam o ídolo James Gribble superando todas as dificuldades e jogando golfe.. show… (clique aqui para ver o vídeo).
O campo, One Way Golf Club, tem um desenho muito interessante. Jogamos do tee preto (para nós deficientes), com 6.500 jardas, fairway estreito e ondulado, rough alto, diversas bancas com paredes altas (estilo Escocês).
O Mundial foi por equipes masculinas (mínimo 3 jogadores) e individuais masculino e feminino. Treinamos e planejamos, e terminamos a competição satisfeitos.
Mas agora com um novo sonho. Realizar o Aberto do Brasil para Deficientes e para isso voltamos com apoio de todos os países presente no Japão.
Esse sim vai mudar a opinião pública sobre o golfe, mostrando que não é um esporte elitista e sim um esporte olímpico e futuro paralimpico.
Necessitamos com URGÊNCIA de um posicionamento da Confederação Brasileira de Golfe quanto futuro do Golfe pra Deficientes.
Nos planos o primeiro Aberto do Brasil, em 2015. Participar também de algumas etapas do Tour Europeu e competições nos Estados Unidos, trazendo experiência, projetos, ajustando e preparando pra mudar a realidade do golfe brasileiro, com mais inclusão de deficientes.
Antes que alguém pergunte: meu handicap atual é 9.4
Por fim, agradecimento ESPECIAL aos Amigos e Patrocinadores:
Vivar Sleep Center – Porto Alegre – RS
Pròcere – Centro de Reabilitação e Protetização – Porto Alegre –RS
Laboratorio Genzyme Biocirurgia – Patrocinio medicação SINVYSC pro Joelho Esquerdo
Belém Novo Golf Club
Laboratório Genzyme Biocirurgia – Tratamento Joelho Esquerdo, medicamento SINVYSC, pois não temos mais Cartilagem no joelho… PERNA BOA É A MECANICA.. kkk
Clique aqui para ver o site do torneio.