Num final emocionante, só decidido no primeiro buraco do desempate, Rodrigo Lee, do Guarapiranga, foi o campeão do 3º Grama Pro Invitational & Pro-Am, encerrado neste sábado, 13 de julho, no Fazenda da Grama Country & Golf Club, em Itupeva (SP). Esse foi o torneio mais bem pago da temporada nacional de 2024, com R$ 200 mil em prêmios, sendo R$ 40 mil para o campeão.
Os brasileiros mantiveram assim sua hegemonia no torneio, que teve Rafael Becker campeão em 2022, e Axell Balestre vencedor em 2023. O prêmio de melhor amador, que havia sido conquistado por dois brasileiros nos torneios anteriores – Marcos Negrini (2022) e Guilherme Grinberg (2023) – , desta vez ficou para o chileno Facundo Moraga, que terminou sozinho em sexto lugar. O melhor sênior (50 anos ou mais) foi o profissional Ronaldo Francisco, do Quinta do Golfe, que empatou em nono lugar.
Vitória – Rodrigo Lee, um dos líderes do primeiro dia, começou a rodada final com três abaixo, perdendo por duas tacadas. Ele jogou cinco abaixo nos primeiros oito buracos, com três birdies e um eagle-3, para chegar a oito abaixo, mas foi superado pelo argentino Rafael Echenique, que jogava no grupo dos líderes, logo atrás dele. Echenique começou a rodada final com 4 abaixo, perdendo por uma, mas fez três birdies e um eagle-2, no buraco 6, para passar a liderar com 9 abaixo no total.
Mas tanto Echenique como Rodrigo, deram uma chance aos adversários ao fazerem bogeys seguidos: o argentino nos buracos 7 e 8, e o brasileiro no 8 e no 9. Rodrigo Lee não devolveu mais tacadas até o final do jogo e ainda fez birdies no 14 e no 18 para fazer sua melhor volta da semana e ser o líder na sede, com 205 (67-72-66), oito abaixo do par. Echenique, por sua vez, fez birdie no 16 para chegar a oito abaixo, mas errou o putt de dois metros no 18 que teria lhe dado o título por uma tacada. Ele também terminou com 205 (72-66-67) tacadas, levando a decisão para o desempate.
Playoff – Novamente no 18, de par 5, a torcida brasileira emudeceu quando a segunda tacada de Rodrigo saiu rasteira e deu a impressão de ter entrado direto no riacho que separa a raia da área do green. Felizmente a bola acabou passando a água, e de lá ele bateu a terceira para o green, onde passou dois metros da bandeira, ficando com um putt para birdie.
Echenique, então, errou feio. Ele havia chegado com a segundo à esquerda do green e ainda teve um drop sem penalidade por ter parado num terreno em reparação. De lá, ele jogou para a direita da bandeira, contando com a inclinação do green, mas a bola saiu mais forte e pegou a direção contrária, saindo do green. De lá, o argentino errou novamente, com a bola curta voltando quase aos seus pés. Ele deixou a quinta tacada perto da bandeira, para bogey, mas nem chegou a jogar.
Vitória – Rodrigo, que precisava apenas dois putts para vencer, deixou a bola muito perto do buraco para par. Echenique já estava concedendo a vitória, mas Rodrigo ainda empurrou a bola para o buraco para comemorar o título mais importante de sua carreira. O campeão lembrou que entrevista recente ao programa The Golf Brasil, da CNN, contou que batia 500 bolas por dia de treino, mas poucos acreditaram. “Minha vitória é fruto de muito trabalho, muito, treino, muita dedicação”, afirmou antes de lembrar uma máxima do golfe: “quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho”.
Echenique ficou em segundo lugar e levou o prêmio de R$ 25 mil. Três jogadores dividiram a terceira colocação com 207 tacadas, seis abaixo: Matheus Park (73-64-70), do Paradise, o líder da véspera e novo recordista para 18 buracos do torneio; Alexandre Rocha (71-68-68), vice-campeão de 2022, e o argentino Leandro Marelli (67-71-69), que dividiram o prêmio de R$ 14.833. Rocha e Marelli foram os únicos com duas rodadas abaixo do par e nenhuma acima de 71.
Mais destaques – Facundo Moraga foi o melhor amador, em sexto lugar, com 210 (71-68-71) tacadas, três abaixo, levando o prêmio máximo permitido pelo Estatuto do Amador, de R$ 5,5 mil, o equivalente a US$ 1 mil. O uruguaio Juan Alvarez ficou em sétimo, com 211 (71-69-71) tacadas, duas abaixo e prêmio de R$ 9,5 mil, seguido por Axell, em oitavo, com 212 (73-69-70), uma abaixo, e prêmio de R$ 8 mil.
Completaram os Top 10 três jogadores empatados em nono, com 214 tacadas, uma acima do par: Ronaldo Francisco (68-77-69), o melhor sênior; Daniel Kenji Ishii, do Itanhangá (74-71-69), e Herik Machado, do Damha (73-71-70, segundo melhor amador do torneio e melhor amador brasileiro, Cada um ganhou R$ 5,5 mil.
Premiação – Gilberto Pereira, o capitão do Fazenda da Grama, comandou a entrega de prêmios, que teve a mesa composta ainda pelo head-pro Kevin Bulman e por Mario Lima e Silva, presidente do clube. Essa foi a primeira edição do torneio que terminou no sábado. No primeiro, em 2022, um temporal interrompeu o jogo por duas horas, com o jogo sendo suspenso a escurecer, restando três buracos para o pelotão jogar. E, em 2023, o playoff de sete buracos que decidiu o título teve três buracos jogados na sexta e os quatro restantes no domingo de manhã.
Além dos jogadores premiados, Gilberto Pereira elogiou mais uma transmissão ao vivo do torneio pelo The Golf Brasil, da CNN, que este ano inovou ao usar uma nova tecnologia sem fio para mostrar imagens do campo todo, com quatro câmeras móveis, dois drones, e três câmeras no estúdio montado no terraço do clube, de onde Henrique Kirilauskas e Ricardo Fonseca narraram e comentaram a rodada final na íntegra, além da parte final da rodada de sexta-feira.
Patrocinadores – O 3º Grama Pro Invitational, que só termina oficialmente neste domingo, com um Pro-Am, tem patrocínios de Daikin Ar-Condicionado; Quattror Exportação, Importação e Logística; Arbisco Investments, Bradesco Global Private Bank; Cabaré/Dom Tápparo; Career Center; Certacom Soluções Tributárias; CNN Brasil, Cyrela; Graber Segurança; Jaguari Sete Empreendimentos Imobiliários; Kapitalo Investimentos; Limpidus; Quaestus Asset; Regatec; Rainbird; Sciath Benefits; Stuttgart Porsche; Terra Verde John Deere e Unimed Campinas, além de apoios de Água Prata; Degusta Club; Green Grass e The Golf Brasil.
Resultados finais