A delegação da Federação Paulista de Golfe (FPGolfe) conquistou dois títulos históricos e inéditos para o Brasil ao vencer a Copa das Nações e ainda ser campeã do Interclubes do 16º Campeonato Latinoamericano Golf Channel 2024, disputada na Casa de Campo, na República Dominicana, de 9 a 11 de outubro.

Além de ganhar tudo nas competições por equipes, a delegação da FPGolfe, capitaneada pelo presidente Ademir Mazon, ainda conquistou 10 troféus individuais, sendo quatro de campeão, dois de vice e quatro de terceiro colocado. Os jogos foram disputados no campo do Dye Fore, dos dois primeiros dias, com a final no icônico percurso do “Teeth of the Dog”, obra prima de Pete Dye, eleito como o campo número 1 do Caribe e número 27 do mundo.

Recordes – Essa foi a melhor atuação da delegação da FPGolfe que representa o Brasil no Latinoamericano desde 2015. E também a maior delegação brasileira de todos os tempos, com cinco representantes no masculino e três no feminino, escolhidos por serem os melhores dos rankings por handicap índex da FPGolfe até a data limite, em 2024, além do acréscimo de uma equipe de quatro jogadores do Terras de São José Golfe Clube, que ganhou a viagem como recompensa por ser campeão do Interclubes por Handicap Índex de São Paulo.

Todo o time da FPGolfe viajou com as despesas de transporte, hospedagem, alimentação, uniformes e inscrição pagas pelos patrocinadores institucionais da entidade: a Copa Airlines, que forneceu as passagens aéreas, e a Forvis Mazars. A viagem é uma recompensa para os melhores e mais assíduos jogadores com handicap da entidade, que representam a grande maioria dos golfistas do país, sendo os que sustentam a estrutura do esporte, o que garante o desenvolvimento do golfe no estado e no Brasil.

Copa das Nações – O título da Copa das Nações, o mais importante em jogo, foi conquistado pela equipe escalada com Herik Machado, que competiu na categoria scratch, além de Fernando Silva, da Academia Golf Range Campinas; Leandro Metzner, do Arujá; e Olívia Suin Lee, do Clube de Golfe de Campinas. O resultado scratch valia sempre, juntamente com os dois melhores dos três resultados net do dia. Como novidade, a competição scratch do Latinoamericano passou a valer este ano para o Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR).

O Brasil foi campeão com 645 tacadas, três abaixo do par, nunca combinação perfeita de resultados, com todos os integrantes do time contribuindo para o resultado final. A Argentina foi a vice-campeã, com 659 tacadas, 11 acima do par, e 14 atrás dos brasileiros, seguida pelo México, com 664, 16 acima. O time da República Dominicana, que jogava em casa, ficou em quarto, com 676 tacadas, 28 acima.

Interclubes – No interclubes, o Terras de São José foi representado por Adson Souza, Diego Lopez, Gustavo Taberner e Ramiro Yabumoto, que somaram 444 tacadas, 12 acima do par. O  time Punta 3, formado por uruguaios e argentinos, foi o vice-campeão, com 449 tacadas, 17 acima, seguido pelo time da FPGolfe, que ficou em terceiro, com 451, 19 acima, à frente de seis times exclusivos de argentinos ou mesclados com eles.

Nas competições individuais, onde participaram ainda Carlos Eduardo Ramos, do Lago Azul; Juliana Passos, do Riacho Grande; Maria Aparecida da Silveira, do Damha; Ademir Mazon, do Sapezal; e Eliane Kyoung Aie Kim, do Clube de Golfe de Campinas, os brasileiros deram mais um show, com a conquista de dez troféus.

E faltou pouco para mais dois troféus, os da categoria scratch, onde Herik fez a segunda melhor volta do torneio na rodada final, no Teeth of the Dog, para terminar em quarto, com 217 (74-74-69), uma acima do par, e ficar fora do pódio por uma tacada; e Fernando Silva, quarto na categoria masculina de handicaps mais baixos (A), com 222 (74-73-75) tacadas, seis acima, apenas uma atrás do vice-campeão e do terceiro colocado.

Individual – Fabien Dupret foi o destaque brasileiro nas competições individuais, conquistando dois troféus de campeão, ambos na categoria D de handicaps, um na geral e outro entre os seniores. Quem também levou dois troféus foi Metzner, campeão na Sênior C, e terceiro colocado na masculina C. O quarto título foi para Olivia Suin Lee, na categoria feminina.

O Brasil ganhou dois vice-campeonatos, um de Adson Souza, do Terras de São José, no masculino B, e outro de Maria Aparecida da Silveira, segunda na feminina sênior. Houve ainda mais três troféus de terceiro lugar, para Ramiro Yabumoto, na Sênior D; Juliana Passos, na Feminina, e Eliane Kyoung Aie Kim, da Feminina Sênior.

Elogios – “Nossos objetivos foram plenamente cumpridos”, avalia Ademir Mazon, o capitão da equipe brasileira. “Além dos dois títulos inéditos por equipes, incluindo o de campeão geral, e dos dez troféus individuais, comparecemos com a maior delegação brasileira da história do Latinoamericano, que deu um exemplo de dedicação e superação para nos levar a essa conquista histórica”, diz Ademir, que se emocionou ao ver a equipe abraçada no final, chorando de alegria com as conquistas.”

Ademir elogiou ainda o time do Terras de São José, como “um exemplo de equipe unida e coesa”; agradeceu aos patrocinadores Copa Airlines e Forvis Mazars “que deram a oportunidade de comuns jogadores com handicap participarem de uma competição internacional de alto nível” e ressaltou o profissionalismo da organização do Latinoamericano, que ofereceu ao Brasil a oportunidade de organizar a competição de 2025, o que ainda está sendo estudado.